Saiba quem são
os candidatos contestados, em todo o país, com base na Lei da Ficha Limpa
Confira a relação das
candidaturas que o Ministério Público Eleitoral tenta barrar na Justiça.
Rejeição de contas prestadas em
gestões anteriores, condenações criminais ou por improbidade administrativa são
os motivos mais comuns
Levantamento do Congresso em Foco
aponta cerca de 300 dos 379 candidatos contestados pelo Ministério Público
Eleitoral, em todo o país, com base na chamada Lei da Ficha Limpa. A rejeição
de contas prestadas em gestões anteriores e as condenações criminais ou por
improbidade administrativa são os motivos mais comuns dos pedidos feitos pelos
procuradores aos tribunais regionais eleitorais (TREs), responsáveis pelo
julgamento dos processos. Há também casos de políticos que foram cassados ou
que renunciaram ao mandato que exerciam na tentativa de escapar da cassação.
A lista reúne nomes de 18 estados
que já divulgaram os nomes dos contestados. Nela, aparecem candidatos
conhecidos do eleitorado nacional, como o ex-prefeito do Rio César Maia
(DEM-RJ), o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), o deputado Paulo César
Quartiero (DEM-RR), o ex-deputado Paulo Rocha (PT-PA), os ex-governadores Neudo
Campos (PP-RR), Marcelo Miranda (PMDB-TO) e Carlos Gaguim (PMDB-TO).
Ameaçados pela
Ficha Limpa no Rio de Janeiro
Veja quem são os candidatos
contestados pelo Ministério Público Eleitoral e o motivo do pedido de
indeferimento da candidatura:
André Taffarel Inácio dos Santos
(PT)
Deputado Federal
Abuso de poder político e
econômico
Domingos Inácio Brazão (PMDB)
Deputado Estadual
Abuso de poder político e
econômico
Jorge de Oliveira (Zoinho) (PR)
Deputado Federal
Abuso de poder político e econômico
Lucia Helena Pinto de Barros
(Lucinha) (PSDB)
Deputado Estadual
Abuso de poder político e
econômico
Ricardo Abrão (PDT)
Deputado Estadual
Abuso de poder político e
econômico
Rogerio Loureiro – (PPS)
Deputado Estadual
Abuso de poder político e econômico
Samuel Correa da Rocha Junior
(Samuquinha) (PR)
Deputado Estadual
Abuso de poder político e
econômico
Wagner dos Santos Carneiro
(Waguinho) (PMDB)
Deputado Estadual
Abuso de poder político e
econômico
Werner Benites Saraiva da Fonseca
(PT do B)
Deputado Estadual
Abuso de poder político e
econômico
Ademir Alves De Melo (PSD)
Deputado Federal
Contas Irregulares
Alciones Cordeiro (PRTB)
Deputado Federal
Contas Irregulares
Arnaldo França Viana (PDT)
Deputado Estadual
Contas Irregulares
Carla Maria Machado dos Santos
(PT)
Deputado Estadual
Contas Irregulares
Celso Alencar Ramos Jacob (PMDB)
Deputado Federal
Contas Irregulares
César Maia
(DEM)
Senador
Improibidade
Darlei Gonçalves Braga (PTB)
Deputado Estadual
Contas Irregulares
David da Costa Villar Filho (PSB)
Deputado Estadual
Contas Irregulares
Eliton do Açougue
Deputado Estadual
(PR)
Contas Irregulares
Eurico Pinheiro Bernardes Junior
(PV)
Deputado Estadual
Contas Irregulares
Gothardo Lopes Netto (PSL)
Deputado Estadual
Contas Irregulares
João Barbosa Bravo (PT do B)
Deputado Federal
Contas Irregulares
José Eduardo Valemtin (PHS)
Deputado Estadual
Contas Irregulares
José Luiz Anchite (PP)
Deputado Estadual
Contas Irregulares
Kikinho – PMN
Deputado Federal
Contas Irregulares
Marquinho Mendes (PMDB)
Deputado Federal
Contas Irregulares
Maria
Aparecida Panisset (PDT)
Deputado
Federal
Condenação improbidade
Maria Jose Cassane Soares (PMDB)
Deputado Estadual
Contas Irregulares
Carlos Roberto Pereira (PEN)
Deputado federal
Contas irregulares
Carlos Roberto Paiva (PT)
Deputado estadual
Inelegibilidade
Carla Maria Machado dos Santos
(PT)
Deputada estadual
Contas irregulares
Carlos Augusto Carvalho Balthazar
(PSL)
Deputado estadual
Abuso de poder político e
econômico
Riverton Mussi Ramos (PMDB)
Deputado Estadual
Contas irregulares
Rozan Gomes da Silva (PTB)
Deputado Estadual
Contas irregulares
Rubem Nelson (PDT)
Deputado Federal
Contas irregulares
Os candidatos acima não estão
impedidos de concorrer. As contestações serão analisadas pela Justiça
eleitoral, que pode barrar ou não as respectivas candidaturas. Ainda assim,
cabe recurso às decisões dos tribunais eleitorais e, em último caso, ao Supremo
Tribunal Federal.
O Ministério Público Eleitoral de
alguns estados, como São Paulo e Pernambuco, ainda não divulgaram a relação dos
candidatos contestados. Apenas a quantidade de contestações: há 70 paulistas e
16 pernambucanos ameaçados pela Lei da Ficha Limpa. Entre eles, o deputado
Paulo Maluf (PP-SP), que tem contra si condenação criminal e figura na lista de
procurados da Interpol. Maluf não pode deixar o Brasil sob risco de ser preso
em quase 200 países.
A partir do momento em que são
contestados pela Procuradoria Eleitoral, os candidatos têm sete dias para
apresentarem suas defesas. Cabe à Justiça Eleitoral examinar os pedidos e
decidir pelo deferimento ou não dos registros de candidatura. Não há como
precisar quantos casos já foram julgados pelos TREs até agora. Mas há
possibilidade de recurso para ambas as partes – o Ministério Público Eleitoral
e o candidato.
De acordo com a Lei da Ficha
Limpa, ficam inelegíveis os candidatos que tiverem suas contas rejeitadas por
ato doloso (intencional) de improbidade administrativa quando exerciam cargos
ou funções públicas, ou que foram condenados por determinados crimes em órgãos
colegiados. No caso das contas, é necessária a comprovação de que a
irregularidade seja incorrigível, ou “insanável” e que e o ato ilegal seja
considerado como improbidade administrativa. A palavra final será da Justiça
eleitoral.
por Congresso em Foco |
07/08/2014 08:13
Hícaro Teixeira (especial para o
Congresso em Foco)
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